ESCOTISMO e a NOSSA HISTÓRIA


NOSSA HISTÓRIA 

Oficialmente para a União dos Escoteiros do Brasil – UEB, o 38º Grupo Escoteiro do Pará Uruá-Tapera foi fundado em 13 de novembro de 1993, isto porque considera-se a data da Primeira Promessa como o dia de sua fundação, contudo, temos outras datas importantes na trajetória do escotismo em Oriximiná. 

De acordo com manuscritos recolhidos pela Chefe Salete Marinho e Chefe Antonio Carlos F Printes, o primeiro grupo escoteiro em Oriximiná, foi fundado em 30 de outubro de 1988 pelo senhor José Antônio Gonçalves de Souza, com o nome de “URUÁ-TAPERA”, provavelmente em homenagem ao primeiro nome dado ao município de Oriximiná, onde reuniu aproximadamente 35 jovens com idades entre 07 e 14 anos, juntamente com alguns assistentes, dos quais não se tem registro, mantiveram o grupo funcionando por um período de pelo menos um ano, depois encerraram-se as atividades por falta de apoio.

Em 01 de janeiro de 1993, a Secretaria do Bem Estar e Assistência Social, como forma de retirar menores da rua, resolve adotar o Escotismo como política de Assistência Social, usando a primeira experiência do senhor José Antonio e reorganizou o Grupo Escoteiro Uruá-Tapera, onde tinha como seus chefes os próprios funcionários da secretaria. Criou-se, então o Setor de Escotismo que recrutava os jovens e os chefes, nesta mesma época, o escotismo era comumente associado a algo militar, devido ao modo como o escotismo era aplicado.
Devido, neste inicio, não se ter compreensão do que era realmente o Movimento Escoteiro, a Secretaria de Assistência Social recrutou tantos jovens que o grupo chegou a possuir a impressionante marca de 1000 jovens, tais proporções chegavam a ser absurdas, pois o movimento escoteiro, em seu método próprio, não permite um grande numero de membros por grupo, para que se tenha boa qualidade no aprendizado.
Com a criação do Setor de Escotismo, dentro da Secretaria de Assistência Social, apenas para cuidar dos assuntos relacionados ao grupo escoteiro, foi designada a senhora Rosa Neire da Silva Andrade, como a “Chefe de Grupo”, o que equivalia a "Presidente do Grupo", contando com apoio de 08 chefes e seus assistentes, e pelo que se constou, todos eram funcionários da Prefeitura, ou seja, o grupo escoteiro prosperou porque seus chefes recebiam salários para trabalharem no movimento. Nesta época, como o grupo era gigantesco, chegou-se ao numero aproximado de jovens em torno de 75 a 85 membros por patrulha, quando só se permitia o numero de 08 jovens. O grupo todo era apenas em grandes patrulhas na responsabilidade de um chefe e algum assistente que se reuniam diariamente no módulo desportivo para as atividades. Sendo os principais apoiadores, a Primeira dama do Município e Secretária do Bem Estar e Assistencia Social, a senhora Graciema Campos Calderaro e o Prefeito Municipal o senhor Antônio Calderaro Filho, foram declarados os “padrinhos” do grupo, pois viram no escotismo uma grande saída para o problema de menores nas ruas sem ter o que fazer, apesar da forma como o escotismo foi implantado na cidade, deve-se muito aos dois gestores pela iniciativa.
Nesta fase de Movimento Escoteiro em Oriximiná, os chefes escoteiros, que deveriam ser voluntários,  recebiam remuneração para trabalharem e este pensamento se passou aos membros juvenis que achavam que também seriam remunerados para a pratica do escotismo. Com mais ou menos um ano de execução das “atividades escoteiras”, os membros, vendo que não seriam remunerados, começaram  evadir e o grupo aos poucos foi diminuindo em seu tamanho.
Foi só em 13 de novembro de 1993, com a promessa dos primeiros membros legitimos do Movimento Escoteiro Voluntário é que o Grupo passou a ser reconehcido pela Unicão dos Escoteiros do Brasil, e é nesta data que considera-se que tenha sido sua Fundação. Com algumas mudanças, as reuniões passaram a ser no Estádio Municipal, e graças a persistencia de alguns chefes, que entenderam a real proposta do Escotismo que o Grupo continuou a partir de então, mas ja sem apoio financeiro da Prefeitura de Oriximiná, contuando a simpatia ao escotismo por parte dos que o tinham implantado. 
Em 1997, o Uruá-Tapera ganhou reforço, entra em cena uma das pessoas que mais levantou a bandeira do escotismo em Oriximiná, o Professor Adélcio Corrêa da Silva Júnior, que acreditando no projeto educativo, juntamente com o Sr. Mário Lobato de Nazaré como Presidente, deram apoio e estrutura para que o grupo sobrevivesse, desta vez, com apoio do novo Prefeito Luiz Gonzaga Viana Filho, que nunca mediu esforços em ajudar, embora não sendo a prefeitura a mantenedora total da estrutura do Grupo. Nesta época, outra parceria importante foi a Paróquia de Santo Antônio, que cedeu o espaço do "Cliper" para as reuniões dos jovens até que mais uma vez a reunião da molecada mudasse de sede, agora para a "Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo".
Por volta do ano 2000, as reuniões do Grupo passaram a ser na sede do "Sindicato da Construção Civil e do Mobiliário de Oriximiná e Faro - STICMOF", que abriu as portas para receber o projeto devido algumas mudanças da Secretaria de Cultura, para a construção do Cartório Eleitoral do Municipio. Na nova sede o Grupo permaneceu de 2002 a 2005, quando cessou suas atividades devido seus membros adultos precisarem se ausentar,  e todo o material do GE ficou guardado na sede do STICMOF até o ano de 2010, quando novos diretores do Uruá-Tapera o reativaram.
Então, em 2010, a Associação Comunitária dos Moradores do Bairro da Cidade Nova - ASCOMBACNOVA, aceitou abraçar o projeto e o Grupo reiniciou suas atividades, tendo também como parceiros a Prefeitura de Oriximiná, Secretaria de Educação, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, CREAS, CRAS, CMDCAO, Comitê Pró-Selo UNICEF e seus amigos colaboradores.